O concurso teve como foco estimular a criatividade e o desenvolvimento de propostas para a concepção de um mobiliário residencial para cozinha que seja considerado artisticamente original e possua o melhor conceito em design. A equipe de jurados foi formada por representantes da Indústria de Móveis Bartira e da Casas Bahia. Todos os protótipos viraram projetos que atendem os requisitos necessários para ser fabricados.

Segundo os organizadores, os alunos inscritos tiveram que desenvolver seus projetos com base nas premissas de Desenho Industrial de uma cozinha com design contemporâneo, modular e funcional, pensados e produzidos em tamanhos pré–definidos capazes de serem componíveis e criar diversas configurações, quando instalados. Além disso, todos os projetos deveriam ser pensados com base no público alvo das classes “C” e “D” de ambos os sexos. Os estudantes também tiveram que se basear em uma cozinha de aproximadamente 6m² com 1.20m de circulação, e inspirada nos móveis de cozinha, apresentados nas Telenovelas e “Reality Shows”.

“uma cozinha simples, modular sem grandes mistérios...”

Com base nessas premissas, Mariana Andrade explicou que o seu projeto consiste de “uma cozinha simples, modular, sem grandes mistérios. Na verdade, o ponto principal dessa cozinha é esse móvel cuja ideia é trazer uma multiplicidade de funções. Ou seja, ele é um balcão que pode ser utilizado como uma cozinha americana, mas ele também abre e pode se transformar numa mesa, algumas partes podem ser recolhidas para transformá–lo numa mesa de café e ele tem rodízio que permite leva–lo facilmente para a copa ou sala. Eu fiquei na versatilidade. A cozinha foi planejada com uma coleção de várias texturas e variações de cores”.

Já aluna Érica Campanha desenhou uma cozinha com uma altura projetada para o uso de cadeirante poder fazer suas refeições, incluindo o cozimento e todo o trabalho de cozinha. Todos os armários estão dispostos numa altura adequada. “A ideia surgiu da vontade de fazer um projeto que contemplasse todos. A ideia é que todo mundo possa ter a sua cozinha. Eu pensei bastante nos cadeirantes, como eles poderiam comprar uma cozinha que atenda as suas necessidades”. 

Ainda segundo a estudante, “com base nessa questão, pensei em todas as medidas que permitam que eles façam todos os movimentos com a cadeira, acessar os armários e etc. Para projetar a cozinha estudei detalhadamente as normas técnicas, porque eu senti que fazer uma cozinha dessas seria uma grande inovação. A minha ideia não foi fazer apenas uma cozinha acessível, mas sim uma cozinha universal que pode ser usada tanto por um cadeirante como por pessoas sem necessidades especiais”.